Recatada em "A Fazenda", cantora choca a sociedade com clipe de teor sexual
O retorno de Quelynah talvez seja o acontecimento mais inesperado de 2018, e olha que a concorrência está pesada. Talvez o amigo leitor nem consiga lembrar direito de quem se trata, então faço questão de traçar um breve panorama. A cantora despontou para a fama em 2006 graças ao filme "Antônia", obra que obteve sucesso suficiente para emplacar espaço para uma série na TV Globo. Ao lado de Negra Li, Leilah Moreno e Cindy Mendes, protagonizou a saga de jovens mulheres que pretendiam viver do rap.
Antes disso, Quelynah já havia trabalhado com backing vocal de Thaíde & DJ Hum, além de ter chegado até a final do programa "Popstars" do SBT, que formou o conjunto musical Rouge. A cantora retomaria a carreira de participante de reality shows na oitava temporada de "A Fazenda", onde quase não chamou a atenção, muito por conta do comportamento mais retraído. Entre uma coisa e outra, havia enfrentado o desemprego e a depressão por conta dos períodos de ostracismo.
Eis que Jaqueline Simão de Oliveira, nome verdadeiro da nossa heroína, voltou aos holofotes há algumas semanas com o lançamento de "Bad Girl", proibidão com videoclipe impressionante. Na espartana produção, Quelynah encarna uma cidadã extremamente disposta a abrir o coração sobre questões sexuais e suas conexões sociais. A música é bem direta em relação à mensagem que pretende passar, fazendo uso de palavras que dificilmente seriam reproduzidas em um blog de família como este que você tem em mãos.
O videoclipe é um caso à parte, gravado no que parece ser uma 'whiskeria' popular e com a captação que chega a lembrar os filmes de carnaval da produtora pornográfica "Brasileirinhas". Por mim, tudo bem. A arte não deve ser podada por padrões morais caretas e retrógrados. Quelynah ainda choca a sociedade com vestimentas que variam entre o fetiche de baixo custo e o equívoco conceitual com rara fluidez.
A narrativa avant-garde parece não ter agradado muito os fãs, que compareceram ao YouTube para encher o vídeo de comentários negativos. "Tá doida, mana, apaga esse clipe que tá feio. Você é talentosa e não precisa competir com a Inês Brasil", escreveu um entusiasta, em referência à performer que é sucesso na internet. "Ai, que decadência esse vídeo", reclamou outra. "E eu achando que o clipe da Cléo Pires era a porcaria do ano!", humilhou uma terceira.
O videoclipe foi publicado no canal da 9TWO Filmes, produtora que realiza esse tipo de trabalho sob demanda. A promessa é interessante: "faça seu videoclipe com qualidade de cinema". Para quem se identifica com a estética do Dogma 95, um prato cheio.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.