Apesar do começo esquisito, "O Sétimo Guardião" tem potencial para bombar
A PRIMEIRA SEMANA de "O Sétimo Guardião" causou espanto ao apresentar um realismo fantástico esquisito demais até para quem estava acostumado com o mais fantástico dos realismos.
Misturando os clássicos do gênero, em um festival de acenos autorreferentes do autor Aguinaldo Silva, com pitadas de "Twin Peaks" e outros suspenses populares do entretenimento mundial, a novela levou a estranheza da mudança de trama no horário nobre a um novo patamar.
Não há de ser nada. Quanto melhor conhecemos os personagens e suas tramas, mais a experiência se aproxima do conceito de "comfort television".
A jogada de mestre do novelista é fugir de qualquer conexão direta com as agruras deste Brasil do ano do Nosso Senhor de 2018 para abraçar os esquemões demasiadamente folhetinescos.
Cidades pequenas, tramas água com açúcar e personagens com a moral muito bem definida. O contexto em que tudo isso está colocado é pitoresco, mas apenas como artifício de distração para trazer algum frescor.
Tem o gato misterioso também, é claro. E a Letícia Spiller imitando Vera Holtz. Sinistro! Mas creio que descobriremos novos detalhes sobre eles ao longo dos próximos capítulos. Importante é notar que o cerne da história trata-se de puro populacho e deve encantar a sociedade brasileira no decorrer das semanas vindouras.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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