Madame X ou Major X? Só o tempo dirá quem foi melhor
O primeiro semestre de 2019 dificilmente será lembrado como o momento histórico em que dois importantes produtos da indústria cultural foram lançados, mas o importante é ter saúde. Estou falando de Madame X, o aguardadíssimo disco da Madonna depois de um longo período sabático, e Major X, gibi que traz a insanidade de Rob Liefeld de volta para o coração da Marvel.
A penúltima parte da saga mutante pós-utópica foi publicada na mesma semana que o álbum pós-ibérico chegou às plataformas digitais. Assim sendo, as comparações parecem inevitáveis: qual novidade é melhor? Conheça um pouco mais dos concorrentes abaixo –e o veredicto logo na sequência.
Madame X
É a mesma Madonna de sempre, mas com claras inspirações na cantora pop de maior sucesso do século, a Shakira. Para fortalecer a marca, trouxe uma turma que está se especializando em fazer participações especiais nas músicas dos outros, como Maluma e Anitta. São artistas que funcionam meio como a mãe do Jorginho Fernando, que sempre dava o ar da graça nas novelas dirigidas pelo filho.
Os melhores momentos são justamente quando Madonna se permite parecer mais com a própria carreira pregressa do que emular a atual fase do pop de algoritmo. O que não deixa de ser um contrassenso, já que ela meio que inventou o algoritmo na música popular.
Major X
Rob Liefeld revolucionou a indústria dos quadrinhos e é até hoje o cara que mais vendeu gibis ruins na história. É o criador do Deadpool e do Cable, um dos fundadores da Image Comics, nunca aprendeu a desenhar pés e por isso declarou guerra à anatomia humana.
Major X é um delírio que ocorre no passado do Universo Marvel, mais especificamente no período em que o autor abandonou a editora para fundar a sua própria. O tal do Major é um viajante do tempo que vivia em um futuro utópico comandado por mutantes bonzinhos. Mas acontece alguma tragédia que motiva o rapaz a voltar uns anos para pedir a ajuda do Cable –não sem antes fechar porrada com geral, é claro.
Se Madame X tem um elenco cheio de arroz de festa, aqui também rola a maior festa do caqui. Wolverine dá as caras, como sempre acontecia nos piores gibis dos anos 90. E todo o resto dos X-Men também, além do Namor e outros caras meio avulsos. As melhores reviravoltas são a respeito da identidade do pai do Major e da mãe também. Como nas novelas dirigidas pelo Jorginho Fernando, veja só você.
Nosso veredicto
Empate técnico. Datados e irrelevantes, os dois trabalhos garantem breves momentos de diversão descompromissada. Só o tempo dirá qual foi o melhor –se alguém lembrar de perguntar daqui a alguns meses, é claro.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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