Retorno do Planet Hemp é uma importante lição para o GloboPlay
Foi com um sorriso no rosto que o povo brasileiro recebeu a seguinte notícia essa semana: o Planet Hemp está gravando disco novo na Bahia. A banda ganhou notoriedade no meio dos anos 90, trazendo para o seio familiar o debate sobre uso e liberação da maconha. Mais do que isso, a fascinante fusão de ritmos e texturas fez com que a turma de Marcelo D2 fosse celebrada como uma das mais destacadas daquela geração.
Com 3 pepitas fundamentais para a discoteca básica de qualquer entusiasta da boa música, o Planet Hemp encerrou as atividades em 2001, depois do sucesso de "A Invasão do Sagaz Homem Fumaça". Os fãs continuaram acompanhando as brilhantes carreiras solo do D2 e seus asseclas, Black Alien, responsável pelo melhor lançamento de 2019, e BNegão.
Algumas reuniões comemorativas ao longo deste século prepararam terreno para o surgimento deste novo álbum. Turnês extremamente bem sucedidas parecem indicar que a mensagem do Planet Hemp continua ecoando nos corações da juventude.
Ora, sabe-se que a nostalgia é um dos principais motores do entretenimento mundial contemporâneo. "Eu olho para o futuro sem esquecer do passado", já dizia o próprio D2 na canção "Resistência Cultural".
Mas parece que essa noção é algo que ainda falta ao conteúdo original do GloboPlay, plataforma de streaming com sede em Curicica. Lançando novidades de produção própria em ritmo consistente desde o ano passado, a Globo ainda não olhou com o devido carinho para essa verdadeira mina de ouro.
Basta observar a coqueluche de "reboots", "revamps" e tantas outras séries "salvas" pela Netflix, para ficar apenas no concorrente mais relevante. Desde que virou a chave para comprar menos material de outras empresas e investir no próprio catálogo, tivemos o retorno de marcos culturais como "Arrested Development" e até mesmo uma nova versão para "Cavaleiros do Zodíaco".
Poucas produtoras de conteúdo no mundo possuem um acervo com tanto apelo emocional quanto a Globo. De "Os Normais" até "TV Colosso", fico imaginando o impacto que eventuais episódios inéditos não causariam nos números de assinantes e engajamento. Ou até mesmo produtos derivados –mais ou menos como a recente cinebiografia que narra a trajetória do próprio Planet Hemp: personagens conhecidos, história familiar, diversão sem compromisso para a família inteira.
O público possui uma sede gigantesca por novidades, mas também adora o conforto de revisitar velhos amigos–nem que seja para falar mal, como se fossem ex-colegas de escola.
A questão que fica é uma só: quando encontraremos a Fada Bela novamente?
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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