Audiência de "Segundo Sol" melhora a medida que história fica mais ridícula
Observa-se o Efeito Walcyr Carrasco no horário das 21 horas da Rede Globo, tradicionalmente o mais nobre espaço da teledramaturgia nacional. Assim como o autor conseguiu fazer um grande sucesso a partir de uma narrativa absolutamente equivocada em "O Outro Lado do Paraíso", João Emanuel Carneiro também dispensou a lógica para entregar a pior novela de sua carreira –mas o ibope vai bem, obrigado.
Se nunca chegou a empolgar muito, a trama ficou especialmente apoplética nas últimas semanas. Enquanto Laureta (Adriana Esteves) consegue chegar a grandes descobertas sem pensar muito, como se tivesse acesso aos capítulos seguintes com antecedência, como as saudosas revistas semanais que apinhavam nossas bancas, Luzia (Giovanna Antonelli) continua testando a paciência dos telespectadores com seu déficit cognitivo pra lá de limítrofe. Mas o número de interessados só aumenta: fechou a semana passada com 39 pontos de média no Rio e 35 em São Paulo.
A impressão é que a ruindade é de propósito. Alguém na Globo, ou um algoritmo qualquer, parece ter descoberto que quanto mais estapafúrdia a história, melhor o resultado da audiência. Em tempos de atenção tão fragmentada, talvez também seja uma forma de forçar o espaço das séries como verdadeiro produto premium da emissora.
Fomos apresentados a uma perturbadora sequência de eventos no capítulo de segunda-feira: Luzia acreditando que uma atriz que planejava virar prostituta é sua filha perdida, a fuga pouco espetacular da DJ & marisqueira correndo da polícia na rodoviária, a tensão completamente inexistente do policial vasculhando o carro de Galdino (Narcival Rubens) e, óbvio, as tensões entre o calvo capanga e Laureta como cereja no bolo.
A marcha da insensatez deve ganhar um ritmo ainda mais acelerado no tempo que resta à novela, que termina no dia 8 de novembro. Já vai tarde!
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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