Futuro da TV aberta passa pelo retorno do Pânico em novo formato
O futuro da televisão aberta é o seguinte: muito papo furado em cima do noticiário. Com cada vez menos grana sobrando para investigar e criar conteúdo original, sobra espaço para opiniões, pensatas e bravatas.
Assim sendo, é fundamental que as emissoras abram espaço para quem seja muito bom no tocante a emitir opiniões, pensatas e bravatas. A rádio é uma fonte inesgotável de profissionais que cumprem a missão com sucesso.
Uso como exemplo a Jovem Pan, que preenche a programação com interessantes programas baseados no livre debate de ideias. Do "Morning Show" com Edgard Piccoli e grande elenco, até "3 em 1" e "Pingos nos Is", o modelo adotado é uma bola quicando para falar de atualidades e política também na televisão.
Creio que esta seja a grande brecha para Emílio Surita e a adorável trupe do Pânico retornarem à televisão aberta o quanto antes. No lugar daqueles quadros escalafobéticos que encantaram gerações durante mais de uma década, a aposta deveria ser na versão mais low profile que arrasta multidões para a rádio e o YouTube.
O diferencial é a dinâmica que Surita consegue impor aos acalorados conversês. Concordando ou não com seus pontos de vista, é inegável o faro apurado do apresentador para a mistura de polêmica com entretenimento.
Em vez de movimentar suas equipes apenas em busca dos fatos, a tendência é que a televisão aberta invista cada vez mais nos debates. O Pânico seria mais barato e rentável que boa parte dos programas exibidos atualmente no horário do almoço em qualquer emissora.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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