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Recatada em "A Fazenda", cantora choca a sociedade com clipe de teor sexual

Chico Barney

10/08/2018 18h23

O pós-erotismo de Quelynah (Foto: Reprodução/YouTube)

O retorno de Quelynah talvez seja o acontecimento mais inesperado de 2018, e olha que a concorrência está pesada. Talvez o amigo leitor nem consiga lembrar direito de quem se trata, então faço questão de traçar um breve panorama. A cantora despontou para a fama em 2006 graças ao filme "Antônia", obra que obteve sucesso suficiente para emplacar espaço para uma série na TV Globo. Ao lado de Negra Li, Leilah Moreno e Cindy Mendes, protagonizou a saga de jovens mulheres que pretendiam viver do rap.

Antes disso, Quelynah já havia trabalhado com backing vocal de Thaíde & DJ Hum, além de ter chegado até a final do programa "Popstars" do SBT, que formou o conjunto musical Rouge. A cantora retomaria a carreira de participante de reality shows na oitava temporada de "A Fazenda", onde quase não chamou a atenção, muito por conta do comportamento mais retraído. Entre uma coisa e outra, havia enfrentado o desemprego e a depressão por conta dos períodos de ostracismo.

Eis que Jaqueline Simão de Oliveira, nome verdadeiro da nossa heroína, voltou aos holofotes há algumas semanas com o lançamento de "Bad Girl", proibidão com videoclipe impressionante. Na espartana produção, Quelynah encarna uma cidadã extremamente disposta a abrir o coração sobre questões sexuais e suas conexões sociais. A música é bem direta em relação à mensagem que pretende passar, fazendo uso de palavras que dificilmente seriam reproduzidas em um blog de família como este que você tem em mãos.

Festinha sui generis (Foto: Reprodução/YouTube)

O videoclipe é um caso à parte, gravado no que parece ser uma 'whiskeria' popular e com a captação que chega a lembrar os filmes de carnaval da produtora pornográfica "Brasileirinhas". Por mim, tudo bem. A arte não deve ser podada por padrões morais caretas e retrógrados. Quelynah ainda choca a sociedade com vestimentas que variam entre o fetiche de baixo custo e o equívoco conceitual com rara fluidez.

A narrativa avant-garde parece não ter agradado muito os fãs, que compareceram ao YouTube para encher o vídeo de comentários negativos. "Tá doida, mana, apaga esse clipe que tá feio. Você é talentosa e não precisa competir com a Inês Brasil", escreveu um entusiasta, em referência à performer que é sucesso na internet. "Ai, que decadência esse vídeo", reclamou outra. "E eu achando que o clipe da Cléo Pires era a porcaria do ano!", humilhou uma terceira.

O videoclipe foi publicado no canal da 9TWO Filmes, produtora que realiza esse tipo de trabalho sob demanda. A promessa é interessante: "faça seu videoclipe com qualidade de cinema". Para quem se identifica com a estética do Dogma 95, um prato cheio.

Por sua conta e risco, se tiver mais de 18 anos e em dia com o cardiologista, é possível ver "Bad Girl" clicando aqui.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.

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Sobre o autor

Entusiasta e divulgador da cultura muito popular. Escreve sobre os intrigantes fenômenos da TV e da internet desde 2002