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Papelão do Globo Esporte mostra que TV não aprendeu a dialogar com internet

Chico Barney

19/01/2019 11h07

Nem o Jardel colocava o Paulo Nunes em tantas enrascadas (Foto: Reprodução)

A cena dantesca aconteceu na última quinta-feira, no movimentado dia 17 de janeiro do ano do Nosso Senhor de 2019. Ivan Moré e Paulo Nunes recebem Caio Ribeiro no quadro "Caravana" do Globo Esporte de São Paulo, todos devidamente paramentados como um meme da internet.

Até Maurício Stycer, um gentleman, ficou indisfarçavelmente desnorteado com a performance do trio. Não era para menos. Foi pesado.

No afã de reconquistar a relevância que se esvai pelas mãos, programas televisivos tentam forçar a amizade com o amigo internauta. Trazem à baila comentários inócuos em jornalísticos regionais, fazem brincadeiras com hashtags demodês e buscam até pautas na deep web.

De todas as práticas nessa relação ainda conflituosa, a pior certamente é tentar embarcar nos memes. Não há naturalidade que sobreviva a uma estrutura com diversos redatores, produtores e jornalistas. A malemolência friamente calculada da Globo não foi feita para esses tempos.

A televisão precisa entender que sua missão é virar memes, jamais replicá-los. Cabe a ela esse papel trágico e cômico, de servir como alvo da turba que faz questão de desconstruir os velhos paradigmas. Não vem com gracinha, não.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.

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Sobre o autor

Entusiasta e divulgador da cultura muito popular. Escreve sobre os intrigantes fenômenos da TV e da internet desde 2002